segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Fábula "As formigas e o gafanhoto"


Num brilhante dia de outono, uma família de formigas se apressava para aproveitar o calor do sol, colocando para secar, todos os grãos que haviam coletado durante o verão. Então um gafanhoto faminto se aproximou delas, com um violino debaixo do braço, e humildemente veio pedir um pouco de comida.
As formigas perguntaram surpresas: "Como? Então você não estocou nada para passar o inverno? O que afinal de contas você esteve fazendo durante o último verão?"
E respondeu o gafanhoto: "Não tive tempo para coletar e guardar nenhuma comida, eu estava tão ocupado fazendo e tocando minhas músicas, que sequer percebi que o verão chegava ao fim."
As formigas encolheram seus ombros indiferentes, e disseram: "Fazendo música, todo tempo você esteve? Muito bem, agora é chegada a hora de você dançar!"
E dando às costas para o gafanhoto continuaram a realizar o seu trabalho.

Autor: Esopo

Moral da História:
Há sempre um tempo para o trabalho, e um tempo para a diversão.

Fábula "O leão e o mosquito"


O leão descansava ao sol quando apareceu um mosquito.
- Suma daqui, seu inseto insignificante! – ordenou a fera.
O mosquito não gostou nadinha daquilo. Jurou vingança ao rei das selvas:
- Só porque eu sou pequeno você acha que pode me expulsar? Pois agora vai ver o que é bom!
Com seu talento ancestral de atazanar os outros, o mosquito torturou o leão de todas as formas possíveis. Fez vôos rasantes e muito, muito barulho! Zuniu na orelha esquerda do leão. Depois, zuniu mais agudo ainda na orelha direita. Uma, duas, três vezes seguidas. Sem dó, o mosquito picou o leão na nuca, no focinho e em todos os lugares onde conseguiu.
Atordoada, a fera tentava acertar o inseto com as patas. O mosquito escapava com facilidade e provocava cada vez mais o leão. Após várias tentativas frustradas, o leão feriu a si mesmo com as unhas e ficou sangrando.
- Eu derrotei o leão! Eu derrotei o leão! – gritava o inseto aos quatro ventos.
Cheio de si, o mosquito nem percebeu a teia de aranha à sua frente. Foi engolido em poucos instantes pela dona da armadilha e nunca mais atazanou ninguém.

Autor: Jean de La Fontaine

Moral: Quem escapa de um grande perigo pode ser vítima de uma ameaça menor.

Dona Lesma


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